sábado, 30 de outubro de 2010

Perseptivo Cotidiano

Livros sobre a mesa, o tic- tac do relógio, a porta fechada, as luzes apagadas e nada mudou. Raios de luz invadem o espaço, mostrando que nem tudo está perdido.
E tudo parece tão artificial, e o mundo gira em torno do sol mas nada parece mudar.
Nas ruas pessoas diferentes com mesmos pensamentos vazios. E o que deve- se fazer na chuva? Deve se correr para o mais longe, deve-se gritar coisas bonitas, deve-se libertar o que ainda há de bom, mas quem tem coragem? Quem sabe assim o mundo é infectado? Quem sabe o vírus da verdade encubra a terra?
As pessoas precisam de algo mais do que o seu cotidiano, precisam aprender a fazer a vida valer a pena. Não podemos mais esperar por uma evolução automática que surgirá em cada um de si. E as faces demonstram tudo aquilo que querem e não querem mostrar. E as micro- peças falam por si próprias e ganham espaço dentro de manequins ambulantes andando em circulos. Tudo parece tão normal, e o fim acaba tão sarcástico. Uma pista iluminada? Cores diversas, Balões por todos os lados...e um romance alimentado por revistas supérfluas, isso não é nada. O visível são passos falsos e felicidades ilusórias. Mas todos podem mudar e essa é a chave. O quebra- cabeças está quase montado, onde cada um é uma peça. E onde você está agora? E se seus passos não forem rápidos o suficiente? As oportunidades estão a sua porta. E se os portões do castelo se fecharem para você? E se a carruagem do conto de fadas não passar de contos da carochinha? E se tudo for diferente dos longos vestidos das princesas? E agora? Você desejará estar brincando de amarelinha, mas estará um pouco velho para isso. Então você abre os olhos e acorda vendo os livros sobre a mesa, ouvindo o tic-tac do relógio. A porta está fechada e as luzes apagadas. Mas raios de luz invadem o espaço, mostrando que nem tudo está perdido, desta vez, algo mudou.

Daiane