quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rascunho


Feche os olhos e abra-os. Olhe profundamente para si mesmo e com honestidade me diga o que realmente vê. Melhor, não diga nada nem a mim e nem a ninguém, apenas seja sincero consigo mesmo.
Valer ou não valer a pena, ás vezes é uma questão de perda para se descobrir.
Muitas vezes momentos informais nos tornam quem não somos, ou nos impulsionam a nos tornarmos diferentes, por míseros segundos.
As gotas da chuva, as dúvidas e os pensamentos que definitivamente possuem vida própria, todos fluem embalados por lembranças de um passado presente.
Há algum tempo, ouvi dizer que a lembrança é um espécie de pesadelo que possui o poder de condenar a cada vez que se mostra presente.
Mas eu tenho uma teoria particular, cuja vida possui momentos e acontecimentos, onde ambos passam por uma espécie de rascunho, e é exatamente nele que os erros, falhas, e até "gafes" ganham espaço. E que depois desse processo todo, onde foi - se adquirido experiência, é virada uma página onde nela estão reservadas linhas para a história final, onde o rascunho deixa de ser o centro e o cenário ganha outra dimensão para que a história seja "passada a limpo". Isso, segundo a uma mera teoria pessoal.
A verdade é que muitos rascunhos estão se recusando a serem passados a limpo, e despercebidamente o tic-tac dos ponteiros ecoam avisando que não possuem a capacidade de voltar atrás.
Talvez, se os nossos rascunhos fossem menos rabiscados, a nossa história e memória fossem menos "perseguidoras" e condenassem menos vezes.
Até porque errar uma hora ou outra é o papel do rascunho para que possamos acertar mais vezes do que errar, e não o contrário.
Pois se trocarmos os papeis, perceberemos que a nossa vida está um verdadeiro rascunho de papel que nunca teve a oportunidade de ser passado a limpo e que talvez, essa oportunidade não chegue porque o tempo pode não poder esperar tanto.

Daiane.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ações e Consequências Impulsionadas pela Rotina


 Os  ponteiros do relógio, os dias rigidamente cronometrados, as preocupações, a rotina corriqueira e os horários a cumprir, de certa forma tomam boa parte da nossa atenção nos impedindo de analisar o rumo das nossas escolhas e ações, fazendo com que sejam permitidas algumas falhas, essas que se intactas, permanecem e se alimentam no decorrer dos dias.
Todos os dias erramos, sorrimos, lamentamos, julgamos, estereotipamos e as vezes  não somos sinceros com nós mesmos e com o que estamos enfrentando, tudo devido a falta de tempo ou ao cansaço.
Estar Atarefado, preocupado ou exausto devido a acontecimentos diários consequentemente nos leva em algum momento, a um mundo paralelo e imaginário. A primeiro momento não deixa de ser uma saída de emergência a qual recorremos as vezes mesmo sem saber, mas a verdade é que essa espécie de "tática"  simplesmente adia o conflito catastrófico entre o tal "universo paralelo" e a realidade.
E sem a mínima pretensão já submersos por algumas falhas, abandonamos as espadas em plena luta para recorrer ao conforto de um mundo imaginário onde os arquitetos e juizes sómos ninguém menos do que nós mesmos e enquanto isso tudo acontece, o mundo gira em torno do sol, aqui nessa terra.
O que eu quero dizer é que mediante a esse mundo apressado, onde muitas das vezes não percebemos alguns atos ou deixamos passar algumas atitudes equivocadas por diversas vezes, as falhas consequentes se não barradas, continuam constantemente. E que as vezes sob a pressão de todos os acontecimentos, quando abordadas por nós mesmos, nos sentimos fracos a ponto de simplesmente não conseguirmos reparar os erros nos refugiando no "mundo paralelo e irreal".
Concluindo; Abandone o mundo imaginário e aja. Pense antes de tomar decisões. Pare, pense, analise e respire.
Uma página de cada vez, é exatamente o que precisamos, pois o mundo está correndo, as pessoas ao nosso redor também, os ponteiros do relógio não param e enquanto isso perdemos tempo com erros deixados lá atras que se repensados antes de executados, poupariam as consequências de atitudes não pensadas sob a pressão do tempo.
Pois a criticidade de uma ação não pensada influi na dimensão de sua respectiva consequência e nessa equação, o tempo para se corrigir tais erros, pode ser mais alto do que imaginamos.


Daiane.